quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Amor, Chuunibyou e Cinco Motivos


Quando você consome qualquer tipo de mídia, existe algo que acontece com frequência que é se apaixonar. Por exemplo, logo após assistir uma série, você começa a falar a seu respeito sem parar. Se sente como se nunca houvesse amado algo tanto quanto estava amando aquilo naquele momento. Mas depois de algumas semanas ou meses enchendo o saco de seus amigos com postagens no Face sobre tal série, a paixão começa a desaparecer e seu interesse diminui consideravelmente.

Não dá pra negar que isso acontece com muitos de nós. Comigo mesmo isso aconteceu com trabalhos como Neon Genesis Evangelion (meu review), o único anime que reassisti logo após assistir a primeira vez de tanto que gostei, e com Sakura Card Captors, que até me dói o coração dizer, porque minha paixão de um pouco menos de um ano por essa série foi uma das mais intensas, tanto que encerro minha análise dizendo que não queria que a estrela da Sakura parasse de brilhar para mim.....algo que infelizmente aconteceu. Não é que eu tenha deixado de gostar deles, só não sou mais apaixonado.

segunda-feira, 15 de julho de 2019

Sora no Woto


Um dos animes mais influentes dessa década foi K-ON!. Seu sucesso tremendo deu origem a uma legião de animações que se inspiraram ou até mesmo copiaram seu estilo, seja tematicamente ou visualmente. Algumas foram bem sucedidas, outras nem tanto, mas pouquíssimas conseguiram capturar a essência humana e genuína da obra de Naoko Yamada.


Em 2010, quando a 1ª temporada de K-ON! estava em seu auge, o estúdio A-1 Pictures lançou uma animação chamada Sora no Woto (conhecida em inglês como Sound of the Sky). Muitas pessoas a receberam como a resposta desse estúdio ao anime da Kyoto Animation, devido às diversas similaridades - um anime sobre música, com um grupo de cinco garotas fofas que fazem coisas fofas e um character design quase que idêntico. Contudo, as semelhanças estão só na superfície, porque os dois trabalhos são menos parecidos do que se aparenta.

domingo, 28 de abril de 2019

Mirai no Mirai


Aqueles que acompanham o blog há alguns anos sabem como a minha porta de entrada ao mundo dos animes foi o Studio Ghibli. Assisti a todos os filmes do estúdio em apenas uma semana. Fiquei encantado. Queria encontrar outros trabalhos similares. Foi aí que me deparei com o seguinte nome: Mamoru Hosoda. Os três primeiros filmes autorais dele conseguiram saciar essa minha vontade, pois são tão encantadores quanto grande parte da filmografia Ghibli, especialmente Wolf Children e A Garota Que Saltava no Tempo, sobre o qual escrevi aqui em 2016.


Porém, o quarto filme do diretor, The Boy and the Beast, se mostrou uma decepção. Nada memorável, tanto que eu precisaria reassisti-lo para criticá-lo, porque parece que foi apagado da minha memória. Ano passado foi lançado seu novo filme, Mirai no Mirai, que inclusive foi indicado ao Oscar de Melhor Animação, apesar desse feito não ser exatamente um mérito, já que estamos falando da mesma premiação que indicou O Poderoso Chefinho ao invés de Koe no Katachi (meu review). Com um pouco de receio, comecei a assistir Mirai na esperança de ver o retorno de Hosoda à glória dos seus primeiros trabalhos.

domingo, 21 de abril de 2019

Tsurune


Quando o assunto é Kyoto Animation, a primeira coisa que vem à mente das pessoas são garotas fofas em um ambiente escolar, o que atrai uma audiência enorme por default. A única exceção é Free!, anime com rapazes sarados que praticam natação, também um grande atrativo a um certo público. Porém, o trabalho mais recente do estúdio, chamado Tsurune, traz protagonistas masculinos não tão atraentes (se comparados com os de Free!) que participam de um clube de arquearia, esporte pouco popular no ocidente.

Essa fórmula do fracasso veio à fruição quando o anime foi ao ar e quase não se via comentários a seu respeito na internet. De acordo com o MyAnimeList, é a série menos assistida da KyoAni. Mas o simples fato do trabalho fugir dos padrões do estúdio não deveria ser considerado um demérito, afinal, é sempre refrescante ver novos horizontes explorados, sem contar que popularidade tá longe de ser sinônimo de qualidade. Portanto, como um enorme fã da Kyoto Animation, comecei Tsurune com boas expectativas.

domingo, 10 de março de 2019

Mario Party e a folia do Carnaval


Ah, o Carnaval... O feriado mais aguardado e consagrado do nosso Brasil, no qual o país inteiro se diverte e cai na folia, um processo que também causa estragos enormes às ruas e a destruição moral de diversas pessoas. Esse ano, viajei ao Rio Grande do Sul durante o feriado. Você deve se perguntar "Ué, foi curtir o Carnaval no sul? Como assim?", já que os núcleos carnavalescos se encontram em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. A verdade é que o meu Carnaval perfeito se deu por uma combinação sublime composta por Tetris, Mario Party e amigos.

sábado, 16 de fevereiro de 2019

Tetris, um patrimônio cultural

Sabe, desde que começou essa febre de jogos battle royale, eu sempre brinquei com os meus amigos de fazer piadas em que juntava franquias de vídeo-game com battle royale, tipo Mario Kart Battle Royale ou Tetris Battle Royale, uma ideia quase que inconcebível. Contudo, parece que alguém na Nintendo tem uma mente zoeira igual a minha, pois essa semana foi anunciado e lançado Tetris 99, um jogo que te coloca contra outros 99 jogadores e apenas um sai vitorioso – um battle royale.

Deem um aumento a quem teve essa ideia, sério! E também a quem a implementou, porque a forma como aplicaram esse conceito ficou genial.

Isso é surreal, cara. Uma piada que sempre adorei fazer se tornou realidade da noite pro dia. E ainda é um jogo grátis para quem tem o serviço online do Nintendo Switch! É uma felicidade impossível de se conter. Eu não brinco quando digo que Tetris é uma das melhores invenções tecnológicas da humanidade. Um jogo demasiadamente simples que qualquer um pode jogar, que foi lançado para todas as plataformas existentes na face da Terra, com uma história de criação fascinante e que traz diversos benefícios mentais.

domingo, 10 de fevereiro de 2019

Free! Dive to the Future


Criar sequências de trabalhos bem sucedidos é uma prática padrão na indústria do entretenimento. É uma forma quase que garantida de se obter altos lucros. Porém, às vezes essa prática foge do controle e fica a impressão de que apenas criam sequências para milkar dinheiro, sem se importar com a qualidade. É aquela velha coisa de não saber quando parar.

Felizmente, esse não é o caso da Kyoto Animation. O estúdio tem a prática de fazer no máximo uma 2ª temporada e um filme a uma série bem sucedida, mas existe uma exceção a essa regra em apenas um de seus trabalhos – o anime de natação Free!. Ano passado foi lançada a 3ª temporada e já anunciaram uma 4ª para 2020. Eu demorei para assistir a de 2018 por conta da minha ligeira insatisfação com as temporadas anteriores, mas como um verdadeiro fã da KyoAni, teria que assisti-la mais cedo ou mais tarde.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Zombieland Saga


Essa semana fiz algo inédito em minha vida. Assisti a um anime inteiro de 12 episódios em um único dia. Eu não gosto de maratonar séries, fico com a sensação de que não absorvo devidamente o conteúdo e que diversos detalhes passam despercebidos por mim. Porém, queria ter essa experiência. Então escolhi um anime do último trimestre do ano passado para este experimento, um que havia chamado a minha atenção desde que começou a ser exibido.

Me refiro a Zombieland Saga, animação do estúdio MAPPA sobre um grupo de idols zumbis. Com uma premissa dessas, é difícil de não ficar curioso. A série é um caso parecido com One Punch Man, no sentido de que é uma paródia de um gênero ao mesmo tempo que é uma obra do dito gênero, nesse caso animes de idols.


domingo, 27 de janeiro de 2019

Corpo Fechado / Fragmentado / Vidro


Antigamente eu tinha o costume de assistir diversos filmes por ano. De uns anos pra cá, perdi esse costume. Culpa dos animes. Malditos chineses! Mas esse ano quero voltar com isso, assim como disse na minha última premiação, afinal, eu me considero um grande fã de cinema. Portanto, decidi começar com uma trilogia muito comentada nos últimos tempos, graças ao sucesso do segundo filme em 2017. Me refiro aos três filmes do diretor M. Night Shyamalan, Corpo Fechado, Fragmentado e Vidro.

Acho que a melhor expressão que descreve esse diretor é "8 ou 80", porque seus filmes ou são ótimos ou são uma merda. Felizmente, esses três filmes se encaixam nos ótimos (salvo uma exceção). Assisti aos dois primeiros em um dia e no dia seguinte fui assistir ao terceiro no cinema, de tanto que curti. É uma das trilogias mais intrigantes do cinema pelo fato dos dois primeiros filmes não terem qualquer conexão aparente entre si até chegar à cena final do segundo deles.

domingo, 20 de janeiro de 2019

DISSECANDO CENAS - O advento de Naoko Yamada (Clannad After Story, ep. 3)


Todo animador precisa escalar uma íngreme ladeira até chegar ao tão desejado posto de diretor. Foi assim com todos os grandes nomes. Mas um desses nomes teve uma escalada consideravelmente mais rápida que o normal. Me refiro à Naoko Yamada, a diretora de anime mais prestigiada dos últimos tempos e uma das minhas favoritas, junto do Hayao Miyazaki e do Isao Takahata do Studio Ghibli.

De acordo com o Anime News Network, a Yamada participou apenas de um trabalho como in-betweener, cargo atribuído aos iniciantes, em 2004. Sua próxima participação, em 2005, já foi como animadora chave, algo que diz muito sobre o seu trabalho. Em 2007, dirigiu e fez o storyboard de dois episódios de Clannad. Em 2008, na 2ª temporada da série, esse número aumentou para cinco. No ano seguinte, com apenas 5 anos de carreira, os chefões da Kyoto Animation decidiram promovê-la e confiar a direção de uma série inteira a essa jovem moça de 23 anos. O que viria a seguir seria um trabalho que revolucionaria a indústria dos animes por completo – o grande fenômeno K-ON! (meu review).


domingo, 13 de janeiro de 2019

Kyoukai no Kanata


Minha análise anterior de um anime da Kyoto Animation foi sobre Phantom World, um dos mais diferentes do estúdio por conta de seu universo sobrenatural e lutas frenéticas (e também o pior anime do seu catálogo). Mas este não foi o primeiro trabalho deles nesse estilo conhecido como action fantasy.

Três anos antes, em 2013, a KyoAni decidiu adaptar uma história diferente das que estava acostumada e o resultado foi Kyoukai no Kanata (Beyond the Boundary), série situada em um universo em que humanos convivem com monstros e devem combatê-los para manter o mundo em ordem. Sim, a premissa é similar a de Phantom World, mas será que dessa vez o estúdio soube trabalhar devidamente com uma narrativa fantasiosa?

sábado, 12 de janeiro de 2019

K-ON [review in English]


[Written in December 2017]

Just recently I started to get interested into the animes made by Kyoto Animation, popularly known as KyoAni. Their impeccable animation work and stories focused on the characters’ daily lives caught my attention.


Their third series I watched is maybe their most famous, seeing as it is widely known by anime fans and by casual watchers. I’m talking about K-ON!, yes, the animation about cute girls drinking tea and eating sweets that was extremely successful and left a permanent mark in the anime industry. But how something with such a banal premise made such a big impact? Is it really solely about cute girls doing cute things?

domingo, 6 de janeiro de 2019

Vini64's Weeb Awards - 2ª Edição (2018)

2018 se foi, então chegou a hora de premiar os animes que assisti neste ano marcado por.....sei lá, eleições? Acho que só isso foi marcante ano passado. Teve a Copa também. Lembram dela? Eu lembro. Assisti quase todos os jogos. O Japão foi muito além do que imaginei, quase passou para as quartas de finais. Coloquei todo meu coração na torcida. Mas não foi o suficiente...

Mas enfim! Apesar de poucos eventos marcantes, eu assisti algumas obras que deixaram marcas em mim que tenho certeza que serão eternas, as quais fizeram 2018 se tornar o ano em que se iniciou uma nova fase da minha vida. Eu jurava que a quantidade de animações que assisti havia sido consideravelmente menor em relação ao ano anterior, mas agora que as listei parece que estava enganado! Uma coisa é certa: a maior parte delas é do estúdio Kyoto Animation, do qual me tornei fã em 2017. Sem mais delongas, cá está a lista daquilo que assisti, em ordem de lançamento, com filmes destacados em itálico:

[1994] Junkers Come Here
[1998] Initial D First Stage
[1999] Initial D Second Stage
[2001] Initial D Third Stage
[2001] Initial D Extra Stage
[2002] Full Metal Panic
[2003] Full Metal Panic? Fumoffu
[2004] Initial D Fourth Stage
[2005] Air
[2006] Kanon
[2007] Lucky Star
[2007] Piano no Mori
[2012] Initial D Fifth Stage
[2013] Kyoukai no Kanata
[2013] Free!
[2013] Tamako Market
[2013] Miyakawa-ke no Kuufuku
[2014] Initial D Final Stage
[2014] Free! Eternal Summer
[2014] Tamako Love Story
[2014] Amagi Brilliant Park
[2014] Shirobako
[2015] Kyoukai no Kanata Movie: I'll Be Here - Mirai-hen
[2015] Hibike! Euphonium
[2015] High☆Speed! Free! Starting Days
[2016] Mob Psycho 100
[2016] Musaigen no Phantom World
[2016] Hibike! Euphonium 2
[2016] Koe no Katachi
[2016] Nobunaga no Shinobi (1ª temporada)
[2017] Mary and the Witch's Flower
[2018] Chuunibyou demo Koi ga Shitai! Take On Me

[2018] Sora yori mo Tooi Basho
[2018] Violet Evergarden
[2018] Sakura Card Captors: Clear Card Arc
[2018] Liz to Aoi Tori
[2018] Comic Girls
[2018] Hinamatsuri
[2018] Hanebado!
[2018] Yama no Susume (3ª temporada)
[2018] Boku no Hero Academia (3ª temporada)
[2018] Seishun Buta Yarou wa Bunny Girl Senpai no Yume wo Minai
[2018] JoJo's Bizarre Adventure: Vento Aureo


Agora, aos prêmios! Comecemos com os meus cinco favoritos dentre os animes listados acima: