segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Neon Genesis Evangelion


No mundo dos animes, muitos diretores se tornaram famosos pelo conjunto de sua obra. Pode perguntar para qualquer um a respeito do Hayao Miyazaki, Isao Takahata, Satoshi Kon, Makoto Shinkai, Mamoru Hosoda, Osamu Dezaki – é muito raro alguém falar que só conhece uma animação desses caras. Porém, há um diretor considerado um dos maiores e mais conhecidos mundialmente exclusivamente por um trabalho: Hideaki Anno e sua obra-prima Neon Genesis Evangelion. Não estou dizendo que ele não dirigiu outros animes conhecidos, como Nadia: Secret of the Blue Water, mas Evangelion é indubitavelmente a fonte de todo o seu reconhecimento.

A série foi ao ar de 1995 a 1996, com 26 episódios, e causou um enorme impacto na cultura japonesa. Isso se deve aos temas filosóficos e existenciais abordados na produção, algo que não era comum de se encontrar em animes mecha da época, já que estes basicamente consistem em humanos batalhando dentro de robôs. Evangelion subverteu esse gênero ao usar as lutas apenas como plano de fundo para o desenvolvimento de temas profundos. Mas será que a série merece todo o reconhecimento que lhe é dada? Será que todo esse papo de tentar ser uma obra profunda é apenas pretensiosidade do diretor?