sábado, 4 de agosto de 2018

Animal Crossing: uma experiência inolvidável


Primeiramente, gostaria de pontuar que isso não é um review, uma análise ou qualquer artigo de opinião. É apenas um relato afetuoso de um rapaz sobre suas memórias passadas.

Hoje, 3 de agosto de 2018, está um dia frio e chuvoso. Eu adoro dias assim. Estou aconchegado de baixo de minhas cobertas enquanto escrevo esse parágrafo. É uma sensação deliciosa de conforto. Essa sensação me remete a uma década atrás, a um jogo que guardo algumas das minhas memórias mais afetivas, chamado Animal Crossing, de Nintendo GameCube. Quando ouço essa chuva leve caindo num dia nublado, fica difícil de não lembrar dessa marcante música que tocava sempre que chovia no jogo:


Ouvir essa música é projetar em minha mente as imagens do meu personagem correndo durante a chuva em meio às árvores de pera por aquela vila que eu conhecia cada canto e cada morador como se fosse a minha casa. Em dias assim, eu sempre me dirigia à praia para tentar pescar um raríssimo coelacanth, que só aparecia em dias chuvosos. Se deparar com um enorme peixe no mar era uma das coisas que mais acelerava o meu coração. Eu ficava horas ali na esperança de que pescaria um, afinal, o bicho valia 15 mil reais. A dívida da minha casa era grande, sabia? Sem contar as mobílias que eu poderia comprar com essa grana.


Havia outro peixe que valia 15 mil (ou 10 mil?), o arapaima. Esse eu lembro de ter pescado por volta de uma duzia de vezes e vocês não tem noção de como isso me deixava feliz, pois era raro e só aparecia em uma determinada época do ano. Me lembro até de ter doado um para o museu, mesmo com um pesar no coração de ter que abrir mão de 15 mil doletas.

Eu era um tanto mesquinho, devo admitir. Até mesmo os fósseis eu primeiro checava o quanto eles valiam com o Tom Nook antes de doá-los ao museu. Se valessem muito, eu os vendia; se valessem pouco, mandava pro museu. Só quando eu me sentia generoso que doava um fóssil caro ao museu, ou quando estava curioso para ver qual era sua forma, porque a única forma de descobrir isso era doando.


Pensando melhor, eu me lembro de sentir gratificação de ver um dinossauro completo no museu. Era difícil de conseguir isso, pois alguns deles eram divididos em partes. Era preciso achar o fóssil da cabeça, do meio do corpo e da parte de trás. E os fósseis eram encontrados de forma aleatória, podendo vir repetidos, inclusive. Mas eu amava a expectativa de descobrir qual fóssil eu tinha achado. O processo era extenso. Primeiro precisava cavar o fóssil em algum canto aleatório da vila, então enviá-lo por carta e aguardar o dia seguinte para recebê-lo.

Mas isso não me incomodava nem um pouquinho. Se tem uma sensação que jamais esquecerei é a de ligar o jogo, abrir a porta da minha casa e ver a luzinha azul da caixa de correspondências piscando com aquele sonzinho. As vezes vinham outros tipos de carta, como aquelas que avaliavam a organização da sua casa. Eu raramente pontuava bem nisso, porque minha casa era uma bagunça e os móveis não se comunicavam entre si. Essas cartas certamente foram a entrada de muitas pessoas ao mundo de design de interiores.


O porão da minha casa era cheio de camisetas que eu gostava. Se a memória não falha, eu usava as mesma roupas durante um bom tempo, aí quando decidia aposentá-las, as deixava a mostra no porão, como uma coleção. Também lembro de ter alguns peixes no porão. Provavelmente tinha um arapaima lá. Já deu pra perceber que era o meu peixe favorito, né?

Eu trocava a mobília da minha casa mais do que trocava de roupa. Alguns itens continuavam sempre os mesmos, como a vitrola que tocava K.K. Fusion o dia inteiro. Esses foram os primeiros rádio e música que peguei e não me lembro de tê-los aposentado até o último dia que joguei. Eu pegava outras músicas do K.K. Slider, as colocava no rádio para ouvir se eram legais, mas no fim eu sempre voltava para a K.K. Fusion. O rádio era uma vitrola de madeira que ocupava bastante espaço, mas eu a adorava.



Acho que a última iteração da minha casa foi com o set de mobílias de Super Mario, que era possível de conseguir por meio de códigos que você falava ao Tom Nook. Meu móvel favorito era a estrela, que começava a tocar a tema da estrela do Mario Kart 64 ao encostar nela. Também tinha a flagpole do Super Mario Bros. que descia e subia a bandeirinha, com direito ao sonzinho clássico.

Eu não tinha todos esses, mas tinha a maioria, incluindo o papel de parede e o piso.

E por falar em clássicos, uma das maiores raridades de Animal Crossing era encontrar jogos de NES. Sim, você podia jogar jogos completos do Nintendinho antes da Nintendo decidir cobrar 5 dólares por cada um deles no Virtual Console do Wii. Mas encontrá-los era quase impossível. Eu apenas consegui dois deles, dos quais o primeiro eu sequer lembro como.

Eles eram Tennis e Balloon Fight. Cara, eu amava jogá-los, por mais simples que fossem, especialmente o segundo. Era bastante viciante tentar bater o record. Esse eu lembro de ter conseguido como um presente de Natal daquela rena que apenas aparecia nessa época. Eu mal acreditei quando vi. Talvez tenha sido o melhor presente natalino da minha vida até hoje.


Eu não jogava tanto o Tennis se comparado com o Balloon Fight, mas ele foi o principal fator de uma memória marcante que tenho. Em 2008, ter um Wii era um sonho para o Vini de 12 anos de idade. Era tudo que eu mais queria. Quando consegui o jogo de tênis do NES, logo pensei no Wii Sports. Aí tive a brilhante ideia de trollar um amigo do prédio onde eu morava.

Peguei o interfone e liguei para ele falando "Cara, eu comprei um Wii e tô jogando tênis!! Desce aqui no meu apartamento agora!!". Consigo até me lembrar da euforia da resposta dele no interfone. Quando ele desceu e se deparou com toda a glória dos gráficos 8-bits do NES, o coitado broxou. Mas eu ri muito. Eu e o outro amigo que estava junto de mim e apoiou a ideia de sacaneá-lo, pois o menino era um alvo fácil de zoeiras (sem ressentimentos se estiver lendo isso, Lucca).


E por falar em amigos, Animal Crossing era um dos jogos mais populares entre as minhas amizades. Todo mundo tinha um PlayStation 2 no prédio, apenas eu tinha um GameCube, então a galera adorava se reunir na minha casa pra jogar Smash Bros. Melee, Mario Kart Double Dash e Mario Party 5. As vezes eu até levava meu GameCube na casa de alguns deles, onde virávamos a noite. Uma vez fizemos a loucura de levar uma TV e o console até o último andar da escadaria do prédio, onde tinha uma tomada. Se o síndico nos pegasse ali, era advertência na certa, mas nós adorávamos nos aventurar.

Mas voltando ao tópico, três dos meus amigos também tinham casas no jogo. Esse é um detalhe exclusivo do jogo de GameCube: a área inicial continha quatro casas que você podia compartilhar com as amizades, como se fossem slots de save. Eu sempre os deixava jogar bastante, porque adorava assisti-los. Tenho uma memória bastante viva de eu jogando com um desses amigos de madrugada, quando ele encontrou um inseto raro. Ele ficou me dizendo "Ow Vini, amanhã deixa eu jogar pra ver quanto que vale esse inseto no Tom Nook, hein".

Inclusive, caçar insetos de madrugada era uma das minhas atividades favoritas, especialmente no verão, que era a estação em que mais apareciam insetos valiosos. De madrugada ou de manhã cedo eram as horas que eu mais conseguia coletá-los. Tá aí outro detalhe que eu adorava: como cada inseto ou peixe aparecia em estações e horários específicos. Olhar as tabelas disso era algo que fazia constantemente na internet. Aguardava ansiosamente pela chegada das estações para poder caçar novos peixes e insetos.

Mas eu nunca consegui completar as coleções de peixes e insetos...

Também ficava ansioso por todos os eventos especiais que aconteciam ao longo do ano. Apenas nestes era possível encontrar o prefeito da vila, o Tortimer, que sempre entregava um item especial relacionado aos eventos. Eu adorava vê-lo. Em um desses eventos eu até pensei em faltar na escola para presenciá-lo logo no início, porque ele duraria apenas duas horas, mas consegui ir à escola e voltar a tempo. Vale notar que eu adorava tanto o lugar onde estudava que o nome da minha vila do jogo era Fernão, o primeiro nome da escola. 6ª série, bons tempos...

O evento supracitado era a chuva de meteoros. Nada mais do que uns rastros brilhantes aparecendo no lago da vila. É um dos poucos momentos que tenho uma gravação, direto de 2008. Pela descrição do vídeo, parece que eu não gostei tanto do evento na época... Mas assistir essa gravação depois de uma década é uma sensação indescritível. Nostalgia que transborda. E vocês podem ver - e ouvir, em minha fofa voz de criança - como eu estava empolgado para ver os meteoros, assim como eu exclamo o nome do Tortimer em alegria.



Esse não é o único vídeo que tenho gravado dessa época. O outro é do mesmo mês e mostra eu vendendo diversos insetos valiosos que capturei entre 6 e 7 da manhã. Também mostra o estado deplorável de organização em que se encontrava minha casa, aonde eu volto para pegar um certo peixe a fim de vendê-lo ao Tom Nook. Sabe qual peixe era? Exatamente, o arapaima! Eu não brinco quando digo que tinha uma fixação por esse peixe. E achei curioso que a música que toca em minha casa nesse vídeo não é a K.K. Fusion. Minha memória está me traindo...


Esse vídeo me recordou do ritual diário de visitar a loja do Tom Nook e ver os novos itens a venda, que eram atualizados a cada dia, apesar de que eu mais vendia do que comprava lá. A segunda loja dele, Nook n’ Go, era a minha favorita pelo fato de abrir mais cedo e ficar aberta até mais tarde. Acho que fechava às 11 da noite. Assim os lucros com meus preciosos insetos e peixes não precisavam esperar até o dia seguinte durante minha caça às 10 da noite. Outra coisa que me deixava ansioso era quando reformavam a loja dele para expandir o tamanho. Era duro ficar um dia sem poder vender nada, mas valia a pena pela surpresa de ver como seria a nova loja.


Também me lembrei de como eu adorava fazer tarefas que os meus vizinhos pediam, como entregar uma encomenda ao outro. Era algo que me divertia muito. Não consigo me lembrar de todos os animais da minha vila, mas me recordo da esquilinha Nibbles, dos patos Scoot e Bill, da cachorrinha Cookie e do gato Tom. Esse último por algum motivo é o que mais tenho lembranças, lembro até onde ficava localizada sua casa, logo do lado de uma ladeira, meio que isolada no canto do mapa. Lembro dele ser rabugento, então isso combinava com sua personalidade.


Em 2009, o meu maior sonho de infância foi realizado: meu pai comprou um Nintendo Wii pra mim. Lembro como se fosse ontem do dia que fui com ele na Santa Ifigênia em SP, onde comprou o console destravado por 900 reais, um preço baratíssimo para a época. Dei sorte de achar muitos jogos bons na loja logo no meu primeiro dia, dos quais um deles era o Animal Crossing: City Folk. Este não chegou nem perto de ter sido tão marcante quanto o de GameCube. Tenho poucas memórias dele, apesar de tê-lo jogando bastante, mas as que tenho são lembranças ótimas.

Um grande medo que tinha era o de se deparar com um escorpião, porque, no momento em que ele te picasse, você desmaiava e era mandado de volta à casa. O fato de eu ter medo disso talvez seja a melhor prova de como Animal Crossing proporciona uma experiência imersiva. Também tinha como arriscar a morte e tentar capturá-lo com a rede, mas era difícil. Lembro de ter conseguido uma vez só. Foi uma das minhas maiores conquistas da vida....naquela época.

Um escorpião e uma tarantula juntos! Se me deparasse com isso eu infartava...

Pescar nesse jogo era mais divertido ainda porque você podia mover o controle do Wii pra cima para puxar a vara de volta. Não me lembro de ter pescado um arapaima nele, mas lembro claramente da surpresa de se deparar com uma sombra gigante no mar de um peixe com uma barbatana. Pois é, nesse jogo tinha como pescar tubarões! Imagina a excitação da criança quando conseguia pegar um.


A grande novidade do City Folk era a possibilidade de visitar a cidade, mas sinceramente não tinha tanto o que fazer lá, fora visitar algumas lojas. Eu gostava de ir ao mercado negro do Crazy Redd, que vendia uns quadros raros. Lembro que precisava conseguir um item especial para ter acesso à loja dele. Me sentia um verdadeiro contrabandista.

Mas as aparições do Redd no jogo original de GameCube eram mais marcantes, pois eram poucas, então eu sempre checava com o policial, responsável por dizer as datas dos acontecimentos da vila, quando o Redd apareceria com sua tenda preta e seus itens exóticos. Ele era o único que vendia certos quadros que podiam ser doados ao museu.

Loja do Redd no jogo de Wii. Só ele mesmo para vender uma triforce!

Talvez o meu momento mais memorável com o City Folk tenha sido na casa daquele amigo que trollei com o jogo de tênis do NES. Os irmãos pequenos dele também adoravam Animal Crossing, se divertiam só de nos assistir jogando. Eu deixava um deles jogar por um tempinho e ele adorava o pato Bill, vizinho que marcou presença nas minhas vilas tanto no jogo de GameCube quanto no de Wii, possivelmente o único deles.

Em um determinado dia, eu e meu amigo decidimos mandar uma carta ao Bill com uns xingamentos, assinando com o nome do irmão dele. Então mostramos a carta a ele e dissemos que o Bill ficou magoado e falou que se mudaria da vila. Nossa, vocês não tem noção de como o guri chorou nesse dia. Foi como se ele tivesse perdido um amigo de verdade. Mas o melhor foi quando o pai dele chegou do trabalho.

O Stefano, nome do irmão pequeno, foi direto contar que o Bill tava bravo com ele pelo que fizemos. Ele chorava tanto que mal dava pra entender o que dizia. O pai dele falou "calma Stefano, quem é Bill?", daí nós explicamos a dramática situação, mostramos a carta que escrevemos e também a carta que o Bill havia mandado como resposta, um detalhe que havíamos omitido do pobre garotinho, em que o pato respondia alegremente os nossos xingamentos em português, sem entender nada. Ao ver isso e o estado deplorável em que seu filho se encontrava por conta de um pato digital, o pai deles caiu na gargalhada. Mas ele riu com gosto mesmo, nunca tinha visto ele rindo tanto, porque geralmente era um cara sério e calmo.

O famoso Bill, BFF do Stefano.

Uma das decisões que mais me arrependo de ter tomado foi a de ter deletado o meu save original do Animal Crossing de GameCube. Aquela vila era como uma segunda casa para mim, guardo tantas memórias agradáveis dela quanto de experiências que tive na vida real. É por isso que considero esse jogo um de meus favoritos de todos. Pouquíssimos jogos me proporcionaram uma experiência tão imersiva, afetiva e memorável como essa.

Eu tentei começar um novo save em 2015, mas desisti logo no início porque já não era mais a mesma coisa. A experiência que tive foi exclusiva daquela época. Algo que jamais poderá ser replicado. Os tempos mudaram, eu mudei e não existe mais espaço na minha vida para um jogo como Animal Crossing. Talvez eu compre a versão de Switch que certamente será anunciada em breve, mas acho improvável que eu me envolva com o jogo da mesma forma que com o de GameCube.

Independente disso, as lembranças que tenho deste jogo são tesouros que colocam um sorriso em meu rosto sempre que me recordo delas. Animal Crossing foi um dos principais fatores de eu ter tido uma infância tão feliz e de considerar 2008 um dos melhores anos da minha vida. São poucos os anos passados que me lembro com clareza, mas as memórias de 2008 são as mais vivas de todas, especialmente aquelas de quando eu apertava o botão power daquele cubo cinza e começava a correr por aqueles campos floridos com uma rede ou uma vara de pesca na mão. Todos os dias. Dia e noite. Sozinho ou acompanhado.

Uma experiência inolvidável.


-por Vinicius "vini64" Pires
Comentários
1 Comentários

Um comentário:

yokoelf disse...

É muito legal ler um texto assim, acho que uma das melhores coisas que os jogos proporcionam são experiências assim, imersivas, você conseguir "entrar" totalmente no jogo. Animal Crossing tbm foi um jogo que joguei bastante - inclusive também com 12 anos - e apesar de na época eu adorar ele (foi o motivo que me fez eu pedir um GameCube pros meus pais, pq eu jogava na casa de um amigo) não chegou a ser uma experiência tão imersiva quanto a tua, mas eu entendo bem a sensação, eu tive algo parecido com outros jogos, acho que principalmente o Ocarina of Time e o Pokémon Crystal (que também tinha ciclo de dia/noite e semana como o AC), eram jogos que eu explorava cada canto e pixel e tudo que eu descobria de novo era fascinante e muito marcante.

Mas eu tive experiências muito legais com Animal Crossing, lembro que na época uma das primeiras coisas que eu fazia quando voltava da escola ela ligar o jogo, e o mais legal era ver se tinha aparecido um morador novo. Acho que a maior coincidência dessa história toda é que um dos meus moradores favoritos também era o Pato Bill (sempre chamei de "Pato Bill" :PP), só que, quando tu jogava na vila de outra pessoa levando o Memory Card, tinha o risco de um morador migrar de uma vila pra outra. A merda foi que um dia eu joguei na vila do meu amigo (ou vice-versa) e quando eu cheguei em casa pra jogar sozinho, o Pato Bill tinha migrado pra vila dele... sério, que bosta eaheuaeauhea, se eu não me engano, eu já estava meio que parando de jogar e a "partida" do Pato Bill me ajudou a desistir de vez. Que coincidência com a história do teu amigo que também gostava dele xD Aliás, fiquei imaginando a reação do pai dele ao saber da história, ehuaheuahueaua.

Também tem a história em que tiramos o Memory Card no momento errado e deu um baita bug no jogo, que fez o personagem ficar sem rosto. Eu me caguei pra caralho quando aquilo aconteceu, mas felizmente tudo voltou ao normal depois. Eu cheguei a postar isso no fórum da Nintendo World na época, apavorado xD

Outra coisa que lembro é que se tu visitava a vila de outra pessoa, tu podia mudar a "frase" que o morador falava no final das frases. Tipo o "me-YOWZA" do Tom (tive que catar isso no Google, eu só lembrava da frase, não do morador que falava huheuhaeuh eu tinha quase certeza que o Tom também estava na minha vila, agora confirmei). Dava pra "ensinar" algo bem zoado pra ele falar, e daí pra tirar era foda xD

Animal Crossing realmente é um baita jogo pra se jogar quando criança, quando tudo é novo, muito marcante e imersivo, e com amigos, melhor ainda. Infelizmente é algo difícil de se sentir quando já se é adulto. Eu também não tive uma boa experiência com o AC de 3DS (único que joguei bastante além do original), na minha opinião o jogo não tem tanto conteúdo pra te "segurar" por um médio ou longo período de tempo, fica dependendo da empolgação de criança mesmo. Ainda acho que a Nintendo pode fazer um ótimo AC novo, incorporando algumas mecânicas novas, pegar algo do Stardew Valley como inspiração.. mas sei lá. O legal mesmo são as memórias que ficam desses jogos que jogamos e conseguimos aproveitar ao máximo, ter uma experiência super imersiva, isso realmente não tem preço.