domingo, 11 de fevereiro de 2018

The Melancholy of Haruhi Suzumiya


A Kyoto Animation foi fundada em 1983, mas só foi produzir sua primeira série em 2003. Contudo, foi em 2006 que o estúdio se consolidou como um dos maiores de animação do Japão com uma produção que se tornou um fenômeno local e, na internet, mundial. Estou falando de The Melancholy of Haruhi Suzumiya (Haruhi Suzumiya no Yuutsu), adaptação da série de light novels do escritor Nagaru Tonigawa.

Algo a se admirar em Haruhi é a ousadia dessa adaptação. Os episódios da primeira temporada foram lançados em ordem não-cronológica, a segunda temporada tem um arco que é basicamente o mesmo evento sendo repetido em oito episódios e o filme é o segundo maior longa-metragem animado de todos os tempos com 2 horas e 41 minutos de duração. Mas será que o conteúdo da obra consegue sustentar essa ousadia?

AVISO: Essa análise contém spoilers da série inteira. Diferente da maioria de meus textos, nesse eu discorrerei diretamente sobre diversos eventos do anime. Recomendo ler apenas se tiver assistido às duas temporadas e ao filme.


PERSONAGENS

A personagem cujo enredo gira em torno é a Haruhi Suzumiya, uma garota bela e atraente que, à primeira vista, parece uma estudante normal do ensino médio, sempre entediada. Porém, poucos sabem que de baixo dessa fachada há uma personalidade excêntrica de alguém que está em busca de aliens, viajantes do tempo e seres psíquicos para fugir do ordinário maçante do mundo real. Mas o que ninguém imagina é que Haruhi é uma Deusa com o poder de modificar o mundo de acordo com suas vontades. Nem sequer a própria tem a mínima noção da existência dessa habilidade.


Apesar da série levar o nome da Haruhi em seu título, ela não é exatamente a protagonista. Quem ocupa este papel é o Kyon. Ele é um rapaz comum, sem nenhuma característica marcante, um tanto sarcástico, que mostra um leve interesse pelos papos abstratos da Haruhi. É ele quem dá a ideia a ela de criar um clube para procurar as paranormalidades que tanto lhe fascinam – apesar de tê-lo feito ironicamente – e assim nasce a SOS Brigade!

E então começam seus dias de escravidão nas mãos de uma Deusa.

Com esse poder de inconscientemente alterar a realidade ao seu redor, Haruhi faz com que aliens, viajantes do tempo e seres psíquicos realmente apareçam em sua vida! Mas ela não sabe da existência destes, pois a função deles é observar de perto as ações da garota e impedir que faça alguma alteração drástica no mundo, já que ela tem poder suficiente para isso e seu temperamento não é lá muito estável.

O alien em questão é a Yuki Nagato, uma interface humanoide criada pela Entidade Integrada de Dados (Data Integration Thought Entity), uma organização cuja finalidade é evoluir por meio das observações que fazem do comportamento humano e, em especial, da Haruhi. Nagato é caracterizada como uma garota taciturna, metódica e leitora assídua de livros. Ela tem o poder de manipular o tempo e espaço.


A viajante do tempo se chama Mikuru Asahina, uma amável mocinha tímida e fofa. Ela foi trazida a força à SOS Brigade pela Haruhi devido ao seu rostinho bonito e corpo voluptuoso, já que “todo clube precisa de um mascote que atraia a atenção do público” – palavras da chefe da brigada – e é constantemente colocada por essa em situações vergonhosas em que deve usar roupas um tanto reveladoras.


Por fim, o ser psíquico que também é trazido a força ao clube pelo simples fato de ser um “misterioso estudante transferido” é o Koizumi Itsuki. Sempre sorridente, ele faz de tudo para agradar a Haruhi a fim de nunca deixá-la insatisfeita ou enfurecida, pois isso pode trazer resultados negativos para a humanidade. Ele faz parte de uma agência de seres psíquicos cuja missão é justamente combater esses resultados negativos quando eles inevitavelmente acontecem.


Outros personagens incluem a hiperativa Tsuruya, a carismática Ryoko Asakura, a fofa irmã do Kyon e os dois colegas de classe dele. Apesar de aparecerem o suficiente para você saber que existem, não tenho muito o que falar sobre eles, pois não são exatamente relevantes (exceto a Asakura) e são pouco explorados... Mas por acaso os personagens principais recebem um tratamento tão superior a estes? A resposta não é muito agradável...

ARTE E ÁUDIO

Mas calma, a resposta pode esperar um pouco. Primeiro deixe-me falar sobre a parte audiovisual, a qual praticamente não tenho defeitos a apontar, como é de se esperar de uma produção da KyoAni (xiii, já virei fanboy).

A arte da série não chegou a me impressionar como em outras produções do estúdio, mas não deixa de ser um trabalho competente e visualmente agradável de se assistir, especialmente durante a 2ª temporada. A animação de certos trechos é tão fluída que parecem terem sido animados a 60fps, apesar de ser só impressão. O uso de CG, mesmo sendo da década passada, chega a ser melhor executado do que em muitos animes recentes, esteticamente falando.


A trilha sonora de Haruhi é bem eclética, com composições que variam entre eletrônica, rock, jazz, atmosférica e até mesmo gêneros mais incomuns de se ver em animações como bossa nova e música experimental. Devo dizer que poucas músicas me marcaram enquanto assistia a série, mas quando parei pra ouvir a trilha sonora separadamente, notei como ela é incrível, cheia de peças agradáveis de se escutar diversas vezes.

                   

Uma música que considero uma das melhores da série é essa aqui, da luta entre a Asakura e a Nagato. Eu adoro quando unem música eletrônica com instrumentos eruditas, como é o caso dos violinos e violoncelos aqui. Tem uma análise interessantíssima da composição que li no YouTube que descreve a relação dos instrumentos com o que acontece em cena. Não poderia concordar mais.

"É quase como se os violinos representassem a Asakura, enquanto a parte do sintetizador representa a Nagato, e tudo junto representa a luta. Apenas algo que notei enquanto assistia".

"Observação interessante. Apreciei mais a música ao ler isso. A Nagato representa o sintetizador frio, sem emoção, complexo e articulado. A Asakura representa a emoção, beleza e as notas erráticas das cordas".

Como de praxe, também adoro as aberturas e encerramentos. A minha favorita é a 2ª abertura, Super Driver, mas não há dúvidas de que a canção mais icônica é a do 1º encerramento, Hare Hare Yukai. Se você era um fã de anime na década passada, certamente a conhece. Se tornou um fenômeno cultural na internet, graças à música cativante e à dança hipnotizante. Até eu fico com vontade de aprender a coreografia, mas não creio que seja uma boa ideia...

A SÉRIE (primeiras impressões)

1ª Temporada (2006)

Muito bem, vamos ao que interessa. Eu assisti a série na ordem não-cronológica. Isso é importante ser ressaltado, pois nessa seção falarei sobre os episódios seguindo essa ordenação. Minha primeira impressão foi de que essa “não-cronologia” foi definida de maneira completamente arbitrária, exceto pelos dois primeiros e dois últimos episódios. Parece que escolheram lançar os capítulos assim só para serem diferentões.

Fora o arco de seis episódios (The Melancholy of Haruhi Suzumiya), os demais mostram eventos aleatórios que quase não se conversam entre si. Por conta destes a primeira temporada tem praticamente uma estrutura episódica, em que não importa a ordem que você os assista e deixar de assistir alguns não faz diferença alguma. Mas ok, hora de começar falando sobre As Aventuras de Mikuru Asahina Episódio 00, o fantástico ""filme"" produzido pela SOS Brigade!


Já imaginei que Haruhi seria uma obra ousada e essas suspeitas só se confirmaram com o primeiro episódio: um filme de estudante totalmente cru, mal editado, cheio de furos no roteiro e erros na gravação. Souberam executar perfeitamente a péssima execução de uma equipe amadora trabalhando com vídeo. Não sei se um episódio com um fator WTF desses é o melhor jeito de se iniciar uma série, mas funcionou para mim.

A maneira imponente como a Haruhi é introduzida, se virando lentamente, surgindo da luz, o foco no ULTRA DIRECTOR em seu braço, também é impressionante. O segundo episódio (Melancholy I) nos introduz competentemente à personalidade da personagem, com toda a sua excentricidade e desejos paranormais.


Porém, não demora muito para os problemas aparecerem, começando pelo fanservice. Em apenas três episódios fica aparente que a personagem da Mikuru só serve para ser explorada sexualmente e ficar gritando indefesa. Tem até aquele clichê de um desconhecido pegar nos seios dela. Ridículo e embaraçoso até para quem está assistindo.


Aí começam as revelações que moldam a história, como o fato da Haruhi ser uma Deusa e dos outros membros da brigada serem um alien, uma viajante do tempo e um ser psíquico. Pensei, "uau, quanta reviravolta em um episódio só. Será que isso vai conseguir me prender?". Já vou me adiantar um pouco e responder: não. Os diálogos referentes à história são iguais aos do Arquiteto em The Matrix Reloaded – desnecessariamente complexos, longos e desinteressantes.

O que era dito

O que eu enxergava

Em seguida temos uma tríade curiosa de episódios. O sexto capítulo (Remote Island Syndrome I) mostra a SOS Brigade em busca de mistérios numa ilha deserta, uma narrativa que considero mais agradável, mas só ao fim do episódio algo de relevante acontece. E o fanservice continua firme e forte. Mikuru sendo mostrada semi-nua e com peitos balançando na praia. Ai ai ai....

A expressão da Haruhi nessa cena me define.

O sétimo episódio (Mysterique Sign), que basicamente gira em torno de uma luta com um grilo gigante, finalmente mostra uma personagem que está na abertura, mas ela aparece por um minuto e depois NUNCA MAIS. O oitavo capítulo (Remote Island Syndrome II) é a conclusão do sexto e mostra que o mistério da ilha deserta na verdade era uma armação para entreter a Haruhi. Ela certamente ficou entretida, mas eu fiquei com a impressão de que estava assistindo a uns fillers de Naruto, porque esses três episódios basicamente levam nada a lugar nenhum.

Pelo menos a luta com esse bicho é engraçada.

O nono episódio (Someday in the Rain) é uma surpresa, no pior sentido da palavra, infelizmente. Quando descobri que esse é o último da ordem cronológica, fiquei igual o rapaz dessa imagem. O episódio basicamente consiste no Kyon buscando um aquecedor numa loja, a Haruhi tirando fotos com a Mikuru e a Yuki lendo um livro sozinha na sala em um plano estático que dura CINCO MINUTOS. As piadinhas de exploração e gemidinhos da Mikuru persistem, mais chatas do que nunca.

Até esse ponto eu estava incomodado com a falta de desenvolvimento dos personagens. Sendo o último episódio da ordem cronológica, esse me mostrou que os personagens continuam iguais até o final. O que me incomodava neles simplesmente não é resolvido. Me bateu um desânimo grande ao perceber isso, mas ainda havia um caminho grande a percorrer, então segui em frente, relutante.

Essa é a última cena desse episódio. Um jeito amigável de se mostrar o dedo do meio para quem está assistindo a série.

No décimo episódio (Melancholy IV), é mostrado que uma das alunas, a Ryoko Asakura, é uma interface humanoide da mesma entidade que a Yuki e ambas as duas batalham após a outra tentar matar o Kyon para ver como a Haruhi reagiria, em uma luta cheia de sangue e corpos perfurados, assim como a galera adora. Isso acontece DO NADA. O fator WTF pode ter funcionado durante o episódio do ""filme"", mas aqui não surtiu efeito algum em mim.


O episódio 11 (Day of Sagittarius) consiste em um combate de vídeo-game entre a SOS Brigade contra o clube de computação. Uma sacada interessante foi a de alternar a trilha sonora entre 8-bit e orquestral nas cenas de simulação deles dentro do jogo e deles na vida real, respectivamente. Mas né, é mais um episódio avulso, com a diferença de que esse ao menos é divertido.


No episódio 12 (Live Alive) – o melhor, por sinal –, a Haruhi se dispõe a ajudar o clube de música leve (!) da escola ao ver que as integrantes estavam passando por problemas. Ela assume a guitarra e o vocal e faz uma performance marcante. Animação excepcional a desse momento, tamanha a expressividade que possibilitou sentir na pele a intensidade do canto dela. Esse evento mostra um lado não explorado da personalidade dela, mais afetivo, altruísta, que depois some nos episódios seguintes da ordem cronológica. Não faz sentido.


Enfim, os dois episódios finais da 1ª temporada. O posicionamento deles como encerramento justifica a existência dessa ordem não-cronológica. No 13º (Melancholy V) nos é apresentado com um pouco mais de profundidade o conceito de closed space, junto de um leve aprofundamento ao personagem do Koizumi. Kyon o assiste colocando seus poderes em prática num cenário criado inconscientemente pelo mau humor da Haruhi, onde o ser psíquico mostra os perigos que a garota é capaz de criar e a importância de combatê-los.


Quanto ao último episódio, bom, foi um final digno. O Kyon vai parar em um closed space junto da Haruhi devido à insatisfação imensurável dela. Deu para sentir a tensão do possível fim do mundo e achei o desfecho criativo e bem executado. Apesar desse episódio não ser o último da ordem cronológica, ele tem o feeling de final e sinceramente não consigo imaginar a minha reação se tivesse visto como último episódio o Someday in the Rain. Apesar do meu proveito já ter sido pífio na ordem não-cronológica, imagino que seria ainda pior se tivesse assistido na ordem cronológica.

E mesmo com um final interessante, os problemas não se resolveram. Os personagens são pouco desenvolvidos. A Mikuru é a maior decepção – ela só existe para ser usada como atrativo sexual e parece não ter relevância alguma fora isso. Os personagens secundários então nem se fala. Mal aparecem e são ridiculamente mal explorados, desde os colegas do Kyon até a irmãzinha dele que sequer sabemos o nome. E a história parece que foi feita pra você não entender: o roteiro não me deixou compelido em momento algum a tentar me envolver mais.

"Não entendo uma palavra do que você está dizendo". E nem tentei entender.

Essas foram minhas impressões da 1ª temporada, apenas metade da minha experiência predominantemente negativa com Haruhi. "Espero que eu consiga desfrutar mais da segunda temporada", pensei, mas foi um pensamento em vão, pois eu sabia que a continuação contava com um infame arco responsável por denegrir a imagem da franquia...

2ª Temporada (2009) – ENDLESS EIGHT

"Vamos fazer um arco cujo os 8 episódios são os mesmos eventos sendo repetidos com ligeiras diferenças?" Pois é, essa débil ideia foi aprovada. Num ponto de vista objetivo, isso é insano. Imagina como as pessoas que assistiam isso semanalmente se sentiram, assistindo praticamente o mesmo episódio durante 8 semanas. É como se o intuito disso fosse fazê-las sentir na pele o que os personagens estavam passando, querendo que aquele loop terminasse logo. Um plano audacioso que não agradou a muitos, em partes.

- Quantas vezes já repetimos esse loop?
- Essa é a vez nº 15,498.

Eu devo dizer que o Endless Eight foi um guilty pleasure pra mim. Foi um tanto curioso notar as pequenas diferenças na execução de um episódio pro outro, sem contar que todos eles são 100% reanimados, sem nenhum plano em comum sequer. Ver as mesmas ações oito vezes com mudanças na direção, iluminação, animações e enquadramentos foi interessante, preciso admitir.

O mesmo momento reanimado diferentemente seis vezes, com uma composição de cena completamente distinta em cada um dos episódios.

Parte da diversão ficou por conta dos diálogos. Era cômico eu já saber tudo que os personagens falariam em determinada cena, mas era mais interessante ainda quando haviam leves mudanças nas falas, como uma expressão diferente ou a ausência de uma sentença. Era sempre engraçado ver como o Kyon reagia unicamente à ligação noturna da Mikuru em cada episódio.

Esse arco poderia indubitavelmente ter sido condensado em um número menor de episódios e ainda assim cumpriria seu papel de colocar o telespectador no lugar dos personagens, assim a 2ª temporada não teria a reputação negativa que tem hoje, mas, em minha humilde opinião, sua execução foi criativa o suficiente para me manter entretido. Inclusive, eu diria que o Endless Eight não é o pior que a temporada tem a oferecer...

2ª Temporada – THE SIGH OF HARUHI SUZUMIYA

O roteirista conseguiu a façanha de criar um arco que consegue ser mais chato que o Endless Eight, tudo graças à personalidade da nossa amiga Haruhi Suzumiya que ficou mais insuportável do que nunca.

A série sempre colocou ênfase em como ela é manipulativa e egocêntrica, mas nesse arco a abusividade dela extrapola o nível do aceitável até para quem está assistindo. Todos se tornam meros brinquedos para a execução de seu filme tosco. Só o que ela faz é gritar, mandar, se gabar e ser uma pessoa desprezível ao ponto de você ficar puto em estar assistindo essa garota respirando.


No clímax do arco ela chega a drogar a Mikuru para se soltar mais durante as gravações, aí vê que não tá dando certo e começa a agredi-la para que recupere sua consciência. PORRA!!!! Se o intuito do criador era fazer com que as pessoas tivessem ódio mortal da Haruhi, devo dizer que ele conseguiu com um êxito estrondoso, pois me deu vontade de nunca mais sequer cogitar assistir qualquer coisa que tenha o nome dela.

"Quero fazer a vida da Mikuru virar um inferno"  a série de Haruhi em uma casca de noz.

Depois desse evento, a série decide jogar questões no ar a respeito das verdadeiras intenções do Koizumi e da Mikuru. Isso instigou minha curiosidade, mas eles fizeram isso no ÚLTIMO EPISÓDIO! Aí já é um pouco tarde, né? E é algo que se encaixaria facilmente na primeira temporada, mas acho que exagerar no fanservice e repetir o mesmo episódio 8 vezes vêm em primeiro lugar...

Diálogos ambíguos ao fim da série? Claro! Desenvolvimento de personagem? Pra que?

Esse arco foi tão desgostoso que, agora que sei como esse ""filme"" foi produzido, acho difícil que eu consiga assistir ao primeiro episódio da série novamente, sendo que eu havia gostado dele. Me recuso a dar audiência a um produto de uma menina sem escrúpulos que abusou da sua equipe como se fossem escravos.

Mas se tem algo que vale a pena ser notado desse arco é que nele tem o momento mais engraçado da série DE LONGE, quando o Kyon pede ao gato falante para miar em vez de falar quando chegasse em casa, aí a irmã dele fica animada quando vê o felino e ele responde com um "miau" em voz de humano. O que torna esse momento mais cômico é a execução seca de “bate e volta" dele, não dura mais de 10 segundos.

2ª Temporada – BAMBOO LEAF RHAPSODY

Dos 14 episódios dessa temporada, apenas um deles é avulso, ou seja, não faz parte de nenhum dos dois arcos supracitados. Ele mostra como aconteceu um evento do passado da Haruhi que havia sido mencionado anteriormente, com o envolvimento do Kyon, que voltou no tempo com a Mikuru para ajudar a Haruhi de 3 anos atrás a desenhar escrituras ditas alienígenas no chão, sem que ela o reconhecesse.


Fora o fato de que finalmente vemos a Mikuru fazendo algo de relevante – apesar de nem ela saber explicar o porquê dessa viagem no tempo –, esse episódio parece ter sido jogado no meio dos outros só pra completar 14 capítulos. Tudo bem que ele mostra o motivo pelo qual a Haruhi decidiu entrar no mesmo colégio do Kyon, mas ainda assim me pareceu que só estavam tentando complicar a história já complexa para que tudo fizesse menos sentido ainda. ...ou será que não?

CONCLUSÃO

The Melancholy of Haruhi Suzumiya é como se fosse uma grande piada que quase não conseguiu arrancar risadas de mim. Não entendo como uma obra com uma história mal executada e repleta de personagens rasos e irritantes conseguiu ser tão impactante no mundo das animações japonesas. Pra mim, Haruhi não passa de uma bagunça incoerente.

Essa seria a minha conclusão caso a obra terminasse na 2ª temporada...

...

...mas esse não é o caso. Muito, mas MUITO pelo contrário. Um ano após o término da série, foi lançado um filme. Eu não quero me adiantar tanto, mas esse filme é algo especial e imprescindível para se experienciar Haruhi devidamente. Sem assisti-lo, qualquer conclusão é prematura.

Para ler a análise do filme junto da minha conclusão sobre a obra de Haruhi como um todo, clique aqui.


-por Vinicius "vini64" Pires

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