domingo, 9 de outubro de 2011

The Miracle



The Miracle é o décimo-terceiro álbum de estúdio lançado pela banda Queen, em 1989. Apesar de ter feito sucesso na época em que foi lançado, hoje é um dos álbuns menos lembrados pelo público, especialmente aqui no Brasil, onde o único hit potencial foi ‘I Want It All’. É um dos álbuns da banda com a maior dose de sintetizadores, perdendo apenas para ‘Flash Gordon OST’ e ‘Made in Heaven’.


1) A primeira canção chama-se Party. Como o nome sugere, é uma música que cairia muito bem em uma festa. A música tem uma batida acelerada, de bateria eletrônica. Lá pros 1m10s, a música de pop se torna rock, mas sem perder o ritmo introduzido em seu início. Party acaba abruptamente e continua na próxima faixa.



2) Khashoggi’s Ship é a continuação de Party, mas que difere em muitos aspectos desta. A faixa é um belo exemplo do hard rock que o Queen pode produzir, que não era visto desde o álbum 'The Works'. Por mim, essa música e a anterior podiam muito bem ser separada e seria até melhor, pois ambas não combinam muito. Uma versão separada desta faixa pode ser ouvida na coletânea 'Deep Cuts 3', com uma introdução de bateria bem simples.



3) Chegamos na minha segunda música favorita de todas do Queen, a faixa título deste álbum: The Miracle. É uma música calma, com um ritmo moderado. Transmite uma mensagem de paz, sobre os milagres do mundo. O clipe dela também é um dos meus favoritos: são quatro crianças se passando pelos integrantes da banda, até o final, quando os verdadeiros aparecem e juntam-se aos imitadores mirins. É, não tenho muito o que falar sobre ela, apenas escutem essa majestosidade do mundo musical e entenderão.



4) Achou Khashoggi’s Ship a faixa mais pesada do álbum? Isso por quê você ainda não ouviu I Want It All (o que é raro pra porra). A música é provavelmente a mais “hard rockiana” da banda. Muitas pessoas apenas ouviram a versão single da música, aquela popularizada no ‘Greatest Hits II’. Não se deixem iludir por ela – a versão completa deste álbum é muito superior, com uma introdução de guitarra e um solo maior do que o da versão compacta.

Versão Single:



Versão Álbum:



5) A melhor linha de baixo é encontrada aqui. The Invisible Man é uma canção meio pop meio rock que procura destacar os quatro membros da banda igualmente (seus nomes são até mencionados durante a música), mas destacando muito mais o baixo. Se o clipe de The Miracle é um dos meus favoritos, o de The Invisible Man é O favorito. Ele mostra um vídeo-game com o nome da música, onde os personagens (os integrantes da banda) fazem contado com garoto que está jogando. Os efeitos do clipe são magníficos para a época em que foi feito, são até melhores que os de alguns de hoje em dia. O clipe mostra uma versão pequenamente diferente, com algumas partes instrumentais maiores e uma introdução diferente, igual a vista na 12” Version da música, uma versão extendida, extremamente tosca, cuja prefiro não entrar em detalhes. Na edição remasterizada de 2011 do álbum, há uma versão antiga da música no disco extra, com Roger Taylor no vocal e um verso inédito, meio “Elviszado”, cantado por Mercury. É quase melhor que a versão final, vale a pena dar uma ouvida. Aliás, não só uma, várias.


Versão antiga (Roger Taylor nos vocais):



12” Version:



6) Breakthru é uma música que começa bem paradona mas que depois se torna bem agitada, com uma linha de baixo eletrônica bem interesante. É uma música legal, sem nada espetacular. Mas dêem uma conferida na versão extendida dela, é muuuito boa, até mesmo superior à normal. Era essa versão que deveria ter sido incluída de ‘bonus track’ no álbum, ao invés daquela versão completamente tosca de The Invisible Man.



Versão extendida:



7) O ponto fraco do álbum. Rain Must Fall é uma canção chatíssima dominada por sintetizadores e letras que não fazem o menor sentido. O vocal de Freddie não impressiona e é um dos piores de sua carreira.



8) Essa aqui é a mais injustiçada no vasto catálogo da banda. Ela foi lançada como single, fez sucesso moderado e depois foi esquecida. Não foi incluída no 'Greatest Hits II', nem sequer no III (uma coletânea bem ridícula, digamos). Os membros da banda mostraram desgosto por ela, quando comentando sobre o clipe no DVD 'Greatest Video Hits II'. Aliás, o clipe dela só foi incluído neste DVD pelo fato dele não ter os vídeos do álbum ‘Innuendo’. Mas o mais surpreendente foi a omissão da música na coletânea 'Deep Cuts 3', onde eles incluíram até It’s a Beautiful Day (Reprise). Apesar de tudo, Scandal é uma ótima canção, meio melancólica, com um clipe muito bem produzido. Ela também tem uma versão extendida, mas é meio chatinha, assim como a 12” Version de The Invisible Man, além de ser muito longa.



Versão extendida:



9) My Baby Does Me é outra música esquisita do álbum, onde predominam os sintetizadores e o baixo. Muitas pessoas odeiam essa música, mas eu até a acho legalzinha, tem um ritmo cativante e tals, mas nada surpreendente. Entretanto, as letras são bem sem nexo. É como uma irmã pra Rain Must Fall.



10) A última faixa é Was It All Worth It. É a canção mais rock do álbum e deveria ter sido lançada como single. Aposto que se ela tivesse sido, faria um enorme sucesso e se tornaria uma das músicas mais famosas da banda. É dominada por guitarras distorcidas, mas também têm algumas partes “mágicas” que te fazem viajar se você ouvi-la com atenção. O título dela é uma pergunta: “tudo valeu à pena?”. Sim, valeu muito à pena.



Faixas extras

O álbum tem algumas faixas que só foram lançadas de b-sides junto com os singles, mas que recentemente apareceram no disco extra da remasterização do álbum.

Hang On In There é a mais conhecida delas, pelo fato de ter aparecido de bonus track no CD original. É uma música agitada....é....não sei mais o que falar dela, mas é uma ótima canção, curto bastante. Podem ouvir.



Hijack My Heart é uma música escrita e cantada por Roger Taylor. Tem uma sonoridade parecida com as outras músicas que ele cantou na banda, com bastante bateria, como sempre. Outro b-side ótimo.


Stealin’...cheguei em você. Eu só fui ouvir ela em setembro, quando baixei o álbum remasterizado. Foi paixão imediata. É uma das minhas músicas favoritas da banda. Ela começa com um ritmo moderado e no final fica absurdamente rápida. Tudo nela é perfeito, especialmente o ritmo que a guitarra (ou violão, sei lá, não sei distinguir nessa música) produz e o baixo. Mas a minha parte favorita mesmo começa a partir dos 2m04s. É ai que o baixo ganha destaque e a música ganha um ritmo diferente, que me dá calafrios a cada vez que ouço, de tão foda que é.




Essa aqui apareceu no 'Made in Heaven', mas remixada. My Life Has Been Saved lá é mais calminha, com menos guitarra e tals. Essa versão original também é meio calma, porém é dominada por guitarra. Poucos conhecem essa aqui, uma pena.



Chinese Torture é uma faixa bônus que apareceu somente no CD original. É basicamente um solo de guitarra de Brian May – muito bom, por sinal – com um fundo orquestrado.


CONCLUSÃO

A conclusão é simples: The Miracle é o melhor álbum do Queen dos anos 80, fechando a década com chave de ouro, e é um dos melhores da banda, melhor até que o A Night at the Opera.



Comentários
2 Comentários

2 comentários:

JV disse...

Muito boa a Review, fiquei interessado no Album. acho que vou baixa-lo .troll

Anônimo disse...

Ótima review, mais imparcial do que eu faria, pois Rain Must Fall não é das melhores, é fraca sim, mas até consigo ouvir, porque esse disco é perfeito. Uma pena o Queen ter deixado tanto material bom de fora, The Miracle daria um belo disco duplo.