Essa análise foi escrita um dia antes da morte de David Bowie. O álbum agora adquiriu outro significado para mim, pois vejo que foi sua mensagem de despedida para nós, um relato de seus últimos dias e do ícone que se tornou.
Mas não irei modificá-la.
Bowie deixou seu último presente para nós e foi para outro lugar. Seu legado continuará eterno neste mundo.
Obrigado por tudo.
"He trod on sacred ground, he cried loud into the crowd"
1947 - 2016
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Bom, foi em
2011 que escrevi minha última análise sobre um álbum. É, eu tinha 15 anos.
Agora, em 2016, com o novo lançamento de um dos artistas de rock mais
influentes de todos os tempos, é hora quebrar o hiato de cinco anos.
O camaleão
do rock está de volta! Tendo pegado todo mundo de surpresa em 2013 com um novo
álbum após estar inativo por 11 anos, David Bowie lançou seu vigésimo-quinto álbum ontem
– dia 8 de janeiro de 2016, mesma data que completou 69 anos. E olha, ele não
poderia comemorar seu aniversário de maneira melhor! Blackstar é um dos álbuns
mais ambiciosos do artista, com canções muito além do pop e rock que permearam
sua carreira nos anos 80 e 2000 e que quase se igualam aos seus maiores
sucessos da década de 70 em questão de experimentalismo.
Mas devo
dizer que o que mais me intrigou nesta obra foi uma certa estrutura que
enxerguei nela. A meu ver, todas as músicas se conectam, se comunicam entre si,
formam uma história que vai progredindo de canção a canção. Porém, isso
acontece de forma inversa, ou seja, a história começa na última faixa e termina
na primeira. Talvez seja só loucura da minha cabeça, talvez não seja, pois
vendo todo o simbolismo e a ambiguidade presente nos clipes das duas faixas
principais do álbum, é bem possível que tenha algo por trás.
Portanto,
farei uma análise diferente dessa vez – escreverei sobre cada música do álbum,
mas começando pela última e terminando na primeira. Assim consigo explicar
melhor a história que percebi na obra.